Muitas doenças podem estar associadas ao aparecimento de cistos nos rins. Algumas com potencial letal, outras cuja presença não requer intervenção. A grande maioria das lesões renais císticas é encontrada incidentalmente como resultado de exame de rotina, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Felizmente, a maioria dessas lesões são cistos renais simples que não requerem tratamento. No entanto, massas renais complexas podem representar um dilema diagnóstico quanto à indicação cirúrgica ou ao seu risco futuro.
Os cistos renais são comuns na população acima de 50 anos, ocorrendo em pelo menos 50% dos indivíduos. Estas lesões podem ser isoladas, acompanhar anomalias extrarrenais ou, ainda, ser parte de uma síndrome específica. A maior parte das doenças renais hereditárias produz cistos, e o seu diagnóstico correto é importante para o aconselhamento genético desta família.
Em relação aos cistos renais simples, eles raramente podem produzir dor em flanco, sangramento, obstrução do trato urinário superior e hipertensão arterial. Nesses casos, eles podem ser tratados com ablação laparoscópica do cisto, escleroterapia percutânea com álcool ou exérese cirúrgica.
Apesar de ser comum, o cisto renal deve ser acompanhado por um médico, que vai indicar se há ou não a necessidade de removê-lo.