O câncer de bexiga é a segunda neoplasia maligna mais frequente no aparelho geniturinário e representa cerca de 3% de todos os tumores diagnosticados. A prevalência é maior em homens, e sua incidência aumenta após os 50 anos de idade.
Entre os fatores de risco mais importantes estão o tabagismo, a exposição a aminas aromáticas e nitrosaminas.
Por ocasião do diagnóstico, 80 a 85% dos tumores estão restritos a bexiga, 10 a 15% têm comprometimento loco-regional e os 5% restantes são metastáticos.
A principal característica dos tumores vesicais superficiais é a recorrência, observada em 50 a 70% dos casos, em geral no primeiro ano após o tratamento inicial.
A manifestação clínica mais comum é o sangramento na urina, indolor, que ocorre em cerca de 85% dos casos. Ocasionalmente, o câncer de bexiga pode se manifestar com sintomas urinários irritativos, como vontade urgente em urinar persistente, frequência urinária aumentada.
O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem como a ultrassonografia, a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética, mas o “padrão ouro” é a cistoscopia.
A cistoscopia é realizada pelo urologista, consiste em inspecionar o interior da bexiga com uma câmera introduzida pela uretra. Caso o urologista se depare com um tumor, ele poderá realizar uma biópsia ou mesmo realizar a ressecção endoscópica do mesmo.
O tratamento do câncer de bexiga dependerá do estadiamento. A grosso modo, o tratamento do câncer de bexiga pode ser resumido da seguinte forma: tumores localizados e superficiais são tratados com a ressecção endoscópica. Caso a análise do tumor demonstre características de alta probabilidade de recorrência ou progressão do tumor, é realizado o tratamento posterior com aplicação de onco-BCG intravesical. Tumores que invadem a camada muscular da bexiga, mas não apresentem metástases, são tratados preferencialmente com a cistectomia radical, cirurgia na qual é removida a bexiga. Tumores metastáticos são encaminhados para quimioterapia.